Responsável por cerca 51% dos casos de cegueira no mundo, a catarata acomete em sua grande maioria pessoas com mais de 50 anos, podendo dar início em sua fase degradativa ainda a partir dos 45 anos. A doença é principalmente caracterizada pela perda gradual da lente natural dos olhos, impedindo que os raios luminosos não alcancem a retina, dificultando assim que o portador enxergue plenamente e com nitidez.
Conforme a idade avança, o cristalino dos olhos adquire maior espessura e maior diâmetro – condição conhecida como presbiopia ou vista cansada – aumentando também a necessidade no uso de lentes corretivas com maior grau.
É muito comum que, ainda no início, a catarata aparente ser apenas uma pequena névoa diante dos olhos, porém, com o avanço da doença, a pessoa passa a enxergar cada vez menos, podendo evoluir, inclusive, para uma cegueira completa caso não seja tratada. Conheça mais sobre a condição com o LentesdeContato.net!
Quais os sintomas da catarata?
Os principais sintomas da catarata para se manter atento do dia a dia são: visão nebulosa (ou embaçada), percepção de pequenos brilhos e halos na visão, duplicidade no que é visto, dificuldade para ler, dirigir, andar e executar tarefas simples, também maior sensibilidade à luz e cores desbotadas.
Existe uma grande hipótese de a catarata não ser percebida com certa facilidade em sua fase inicial, muitas vezes até mesmo seus sintomas passam despercebidos. Para isso, é necessário ficar sempre atento a qualquer alteração na visão e mais ainda, se consultar regularmente com um oftalmologista de confiança e responsável para que o profissional possa dar diagnósticos embasados, como teste de acuidade visual, o exame com lâmpada de fenda, mapeamento de retina e exame de pressão ocular.
A catarata precoce: quais os fatores de risco?
Ainda que seja uma doença comum entre pessoas com avanço de idade, no caso, com o processo natural de envelhecimento, bebês também estão propícios para o desenvolvimento da condição, e isso ocorre principalmente devido a lesões oculares, inflamações ou até mesmo a contração de rubéola, sífilis ou toxoplasmose nos primeiros três meses de gestação.
Outros fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de catarata, além da idade, são doenças infecciosas que não ligadas diretamente aos olhos, diabetes, exposição exagerada e sem proteção à luz solar, tabagismo, uso prolongado de colírios à base de corticoides e traumas físicos, como feridas na região da íris nos olhos.
Conheça os 7 tipos de catarata
Considerando às duas situações em que é possível o desenvolvimento de catarata, ainda no nascimento ou nos seis primeiros meses de vida do bebê e no envelhecimento natural, é possível identificar diferentes tipos de catarata nos olhos:
- Catarata incipiente ou facoesclerose — terminologia usada para identificar a evolução da catarata, se há ou não alguma turvação do cristalino, mas sem apresentar desfoque ou embasamento alto. Conforme essa turvação cresce, é possível denominar a catarata como incipiente, madura ou hipermadura. Nessa fase ainda é possível interferência cirúrgica.
- Catarata senil e catarata senil madura — ambas podem se desenvolver a partir dos 65 anos, por isso é popularmente conhecida como “catarata no idoso”, e pode ser consequência de negligência com a saúde, principalmente com a diabetes. Ambas as cataratas podem ser resolvidas com interferência cirúrgica, para isso, é utilizada a cirurgia de facoemulsificação com introdução de lente artificial acrílica no interior do olho com anestesia tópica, em gotas.
- Catarata subcapsular — é dividida em duas subdivisões, a catarata subcapsular posterior, causada pelo uso extensivo e desmedido de colírios, ou corticoides, e catarata subcapsular anterior, causada pela exposição excessiva dos olhos ao calor. Seu tratamento também é cirúrgico, idêntico à cirurgia de catarata senil.
- Catarata nuclear — é a catarata ocasionada a partir do avanço da idade, ocasionando opacificação nos núcleos do cristalino e aumento da densidade do cristalino, podendo também induzir a miopia.
- Catarata cortical — muito comum em pacientes com diabetes, a catarata cortical se caracteriza pela opacificação do córtex lenticular e seu tratamento também pode ser executado através de uma cirurgia como da catarata senil.
- Catarata traumática — causada principalmente por traumatismos perfurantes ou contusos, esse tipo aparece no olho quando danos físicos são cometidos na região.
- Catarata congênita — ocorre ainda nos primeiros meses de vida do bebê e tem como causa doenças contraídas pela mãe ainda no período de gravidez e podem afetar tanto um (catarata congênita unilateral) quanto os dois olhos (catarata congênita bilateral) da criança. Para esse tipo de catarata é possível a intervenção cirúrgica desde que seja diagnosticada ainda precocemente de modo a evitar a ambliopia.
Catarata tem cura?
A doença infelizmente não tem uma cura efetiva e sem riscos à saúde dos portadores. Ainda sim, é possível ser tratada para restabelecer uma visão completamente normal ao portador.
Dentro os tratamentos a cirurgia é o mais completo, porém também o mais invasivo. Nela, é feita a substituição do cristalino danificado por uma lente artificial, que também ajuda a corrigir vários problemas de visão, e que recupera a função perdida. Também é possível implantar lentes especiais que permitem eliminar os óculos tanto para enxergar de longe quanto de perto.
Procure um médico sempre!
Tanto diagnóstico quanto tratamento só devem ser feitos por profissionais especializados nas áreas de oftalmologia. Para evitar problemas graves de visão, e garantir um diagnóstico precoce, é preciso manter uma visita regular e semestral ao médico para que ele possa seguir com os cuidados necessários
Agora que você já sabe mais sobre o que é como descobrir a catarata, continue acompanhando todas as dicas e informações indispensáveis sobre o universo da saúde oftalmológica aqui no nosso blog!
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